Quero ser um livro que abrigas nas tuas mãos. Tacteando numa mão a dureza da capa e tocando com a outra nas palavras inscritas… decalcando as páginas… virando-as para descortinares novas expressões. Lês a minha Alma de uma ponta à outra. A tua pele é a chama e as minhas palavras o combustível para a tua paixão encoberta. Esfaimada e receptiva, perdes controlo sobre a respiração e despertas no feitiço dos meus termos. Contorces-Te com a doce dor do desejo… ávida pelo toque das minhas mãos… da minha pele intumescida. Mantenho a distância do toque e sopro nessa tez ensoberbecida. Gemidos evadem pelos teus lábios… O meu olhar detém-se no teu latejar… e com o clímax demolhando as páginas finais, soltas um suspiro: Escreve-Me novamente!